Instabilidade sísmica mantém-se a cerca de 60 quilómetros a oeste do Faial [imagem do Instituto Português do Mar e da Atmosfera]
Quase 24 horas depois do sismo que ontem, por volta do meio-dia (11h47), sobressaltou o Faial e foi sentido no Pico, São Jorge e Terceira, foram registadas cerca de 40 réplicas, algumas delas com magnitude superior a 3 graus da escala de Richter.
Está, portanto, instalada mais uma pequena crise sísmica a oeste/noroeste da ilha do Faial, numa zona onde é frequente a ocorrência deste fenómeno.
Comparando com a crise anterior, que decorreu em 2019—2020, esta tem a particularidade de se verificar ao dobro da distância. Agora, a zona epicentral situa-se a cerca de 60 quilómetros dos Capelinhos, enquanto na crise precedente os abalos ocorreram a cerca de 30 quilómetros do Faial.
O presidente do CIVISA (Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores), Rui Marques, afirmou ontem que os sismos registados têm origem tectónica, afastando a possibilidade de indiciarem qualquer fenómeno de natureza vulcânica.
BOMBA ATÓMICA
Entretanto, o geólogo faialense Carlos Faria, num comentário no Facebook sobre a notícia avançada por Escrevi.blog sobre este assunto, explicou, a título de curiosidade, que na escala de Richter “um grau a mais corresponde a 30 e tal vezes mais energia. Assim, o grau 2 é uma explosão perto de 1 tonelada de TNT; o grau 3 cerca de 31 toneladas de TNT e o grau 5 equivale a 32 mil toneladas de TNT, ou seja, o mesmo que a bomba atómica em Nagasaki”. |X|
SOUTO GONÇALVES [texto]